Rádio

Na onda dos podcasts, ainda vale a pena investir em rádio?

  •  Agência Suave  |  
  •  5 de setembro de 2024

O rádio faz parte da vida dos brasileiros há mais de um século. Foi em 1922, mais precisamente no dia 7 de setembro, que ocorreu a primeira transmissão de ondas sonoras em nosso país, com um discurso do então Presidente Epitácio Pessoa. 

De lá para cá, muita coisa mudou. A tecnologia foi avançando e dando origem a novos meios de comunicação, como a televisão e a internet. Houve quem previsse que essas novidades acabariam por suplantar o velho rádio, mas a realidade mostrou-se bem diferente. O áudio segue mais vivo do que nunca e pode, inclusive, ser um ótimo veículo para quem quer anunciar.

Continue com a gente e descubra porque, em tempos de podcast, ainda vale muito a pena investir em anúncios de rádio (com direito a uma dica de ouro Suave no final).

A história do rádio no Brasil

A história do rádio no Brasil começa em 1893, quando Roberto Landell de Moura, um padre de sólida formação científica, inventou um transmissor de ondas de rádio hertzianas capaz de transmitir a voz humana. Anos mais tarde, em 1900, o sacerdote realizou a primeira demonstração pública de seu invento, tornando-o um dos pioneiros da invenção do que viria a se tornar o rádio comercial. 

Entretanto, foi apenas em 1923 que o país ganhou sua primeira emissora oficial, a Rádio Sociedade do Rio de Janeiro, atual Rádio MEC. A partir daí, o veículo foi se disseminando em ritmo acelerado por todo o país. Nos anos 40, tem início a chamada Era de Ouro do rádio, período em que aquela caixinha de madeira que emitia sons se tornou o veículo de comunicação de maior alcance do território nacional.

Este período durou até o fim da década de 50, quando a então iniciante televisão fez o rádio se reinventar. Enquanto os programas de auditório e novelas ganharam as imagens do novo veículo, as rádios tornaram-se mais musicais e jornalísticas.  Seus locutores também passaram a adotar uma linguagem mais próxima das conversas do dia a dia. 

Outra característica dessa reinvenção foi o aumento da interação com o público, que agora podia participar da programação ligando para pedir músicas ou falar com seu locutor preferido.

De lá pra cá, muita coisa mudou. A frequência FM surgiu trazendo uma qualidade superior de áudio e transmissão, e o veículo foi mantendo sua relevância e acompanhando as transformações da sociedade, como faz até hoje.

O rádio na era digital

Nos anos 90, a comunicação de massa sofreu sua maior disrupção em décadas com o lançamento comercial da internet. De uma hora para outra, visitar o mundo inteiro passou a ser possível por meio de uma simples tela.

Com a consolidação da era digital, o rádio novamente passou a ser alvo de previsões que diziam que o velho veículo seria suplantado pelo novo, como já havia sido ventilado décadas antes com o crescimento da televisão. Porém, uma pesquisa da Kantar Ibope feita com habitantes de 13 regiões metropolitanas no ano de 2023 constatou que o rádio ainda é consumido por 80% da população, e o último Censo do IBGE mostra que o aparelho ainda está presente em mais da metade das casas.

Qual o segredo de tanta longevidade? A resposta pode estar justamente naquilo que o rádio não tem, ou seja, a imagem.

Como bem pontuou a jornalista Patrícia da Veiga, diretora da Rádio UFRJ, "o áudio constrói paisagens". É aquela coisa do 'fecha os olhos e vamos ouvir e imaginar juntos'. [...] A oralidade, quando chega na ponta da cadeia e está se apresentando para o público, traz um lirismo e também a possibilidade de um diálogo direto com esse público".

Ou seja, o apelo sonoro do rádio, com seu poder de alimentar a imaginação do público e fazê-lo se sentir próximo de quem está falando, é o seu grande diferencial. Não por acaso, 43% dos ouvintes dizem ter no rádio uma fonte de companhia (fonte: Kantar Ibope).

Paradoxalmente, a imagem é um dos meios pelos quais o rádio se faz presente no mundo digital. 

Grande parte das emissoras transmitem suas programações por meio da internet, não só por seus sites mas também pelo YouTube, onde os ouvintes podem ver os locutores em ação nos estúdios. Segundo a Kantar Ibope, 38% dos ouvintes consideram que a possibilidade de escutar on-line mudou sua relação com o rádio. 

Além disso, o consumo pelo celular, que representa 67% da audiência virtual, tem ajudado a se posicionar ainda mais como um veículo que acompanha o público onde quer que ele esteja.

Já nas redes sociais, as estações de rádio ampliam suas possibilidades de interação com o público, promovendo conteúdos engajantes. Além disso, a internet abriu novas possibilidades para a produção e disseminação de conteúdo em áudio. 

Como o rádio se mantém relevante em um mundo de streaming e podcasts

As plataformas de streaming e os podcasts são os formatos digitais de consumo de áudio mais destacados e disseminados da atualidade.

Em um primeiro momento, pode-se enxergar estes novos meios como antagônicos ao rádio tradicional. A realidade, no entanto, nos mostra uma convergência cada vez maior entre os veículos.

Dentro das plataformas de streaming de música, as emissoras de rádio tradicionais têm marcado presença principalmente com a publicação de playlists com as canções executadas durante a programação linear, uma maneira fácil e eficiente de manter a identidade e o som da estação mais próximos dos ouvintes. Segundo dados coletados em 2023 pela Kantar Ibope, 43% dos ouvintes de rádio também ouvem música no streaming.

A onda dos podcasts

O podcast é uma espécie de rádio nascido na internet. Assim como o rádio tradicional, os podcasts trazem um conteúdo baseado principalmente no som e na palavra (apesar de sua disseminação por meios visuais, como o YouTube, ser também comum). São programas calcados em conversas informais sobre os mais variados assuntos, como humor, música, política, esportes e educação. 

Os podcasts começaram a se disseminar de forma tímida, ainda nos primórdios da web. Porém, o formato sofreu um grande boom nos últimos anos, especialmente entre os consumidores mais jovens. A facilidade em se produzir e publicar podcasts também os ajudam a se tornar cada dia mais populares. Segundo estatística do site Listen Notes, existem, no mundo inteiro, mais de 3 milhões de títulos de podcast, que juntos somam mais de 204 milhões de episódios publicados.

Na mesma pesquisa da Kantar Ibope que nos forneceu os dados sobre o consumo do rádio, foi publicado que 50% dos brasileiros consultados escutaram podcasts nos primeiros meses de 2023, um aumento de 23% em relação ao mesmo período de 2022. Dados mais que suficientes para atestar que o formato está realmente na crista da onda.

Por que investir em rádio pode ser bom para o seu negócio?

Como mostramos nos tópicos anteriores, o rádio vem conseguindo manter sua relevância apesar de todas as transformações do mundo da comunicação. Mas mais do que audiência, o veículo foi capaz de preservar algo ainda mais valioso: a credibilidade. 

64% dos ouvintes de rádio acreditam naquilo que escutam no veículo (fonte: Kantar Ibope). Entre os adultos com mais de 18%, ele ainda é visto como a mídia mais confiável de todas (fonte: Katz Radio Group, 2024). E isso é algo fundamental especialmente quando falamos em publicidade.

Quando se quer conversar diretamente com o público, nada é mais adequado do que um formato que tem a fala como instrumento principal. E, diferentemente do que muitos podem pensar, o ouvinte valoriza o anúncio.

De acordo com a mesma pesquisa da Kantar Ibope, mais da metade dos ouvintes de rádio, 53%, prestam atenção nas propagandas veiculadas durante a programação. Seja entre uma música e outra, na voz do locutor durante um programa ou até por meio de uma promoção, o fato é que as ondas sonoras são muito eficientes para transmitir a mensagem de uma marca.

Apesar de não haver uma regra para anunciar no rádio, os dados mostram que alguns segmentos de negócios podem se beneficiar mais do veículo: supermercados, restaurantes e lanchonetes, lojas, farmácias e instituições financeiras foram os mais citados pelos ouvintes quando perguntados se já haviam comprado ou pesquisado algo após ouvir um anúncio de rádio (fonte: Kantar Ibope, 2022). 

Qual é a nossa dica de ouro para anunciar no rádio?

Como qualquer outro veículo publicitário, o rádio tem suas particularidades que devem ser levadas em conta na hora de tomar a decisão de utilizá-lo ou não em sua estratégia de comunicação.

  • Analise se o público do veículo é o mesmo da sua marca: para que qualquer tipo de publicidade dê certo, é essencial que a mensagem seja veiculada onde o cliente está;
  • Fique de olho nos horários: pessoas diferentes possuem hábitos diferentes. Se o público que você deseja atingir costuma estar com os ouvidos ligados no rádio em uma determinada faixa de horário, veicular seus anúncios em outra pode ser inefetivo;
  • Não fique em um só veículo: uma boa campanha é composta de uma estratégia que englobe vários veículos. Em tempos de informação infinita, a audiência está cada vez mais pulverizada e chegar até ela demanda muito esforço e estudo.
  • Atente-se aos números: saber quantas pessoas serão impactadas pela sua comunicação também é um dos fatores mais decisivos na hora de anunciar.

Expertise Suave

Há mais de quatro décadas, nós temos acompanhado as transformações do mercado publicitário e dos veículos de comunicação. 

Tanto tempo de bagagem fez com que acumulássemos um profundo conhecimento do mundo do rádio e suas especificidades. Sabemos como poucos orientar aqueles negócios que desejam transmitir sua mensagem pelas ondas sonoras. 

Por isso, antes de sintonizar sua marca no rádio, bata um papo com a gente!

Deixe um comentário

O seu endereço de e-mail não será publicado.